Capítulo 14
            Celly saiu com o presidente da passagem. Ele estava fraco, então ela tinha que ajudá-lo a caminhar. Quando saiu se lembrou que ele estava sem colete. Ficou preocupada, e ia tirar o seu colete quando viu no chão um colete com as siglas �DT � Milky�. Era o colete de Val. ela se preocupou. Val estava sozinha na mata com Lisa e sem proteção.
            Celly colocou o colete no presidente.

            Celly o levou até uma grande pedra que tinha e o colocou embaixo dela. Celly tinha que ajudar os outros a acabarem com os bandidos. O presidente ficou ali, esperando.
            Alguns minutos depois, os tiros cessaram. A maioria dos bandidos estava morta, alguns se entregaram e outros tentaram fugir, mas foram pegos pelas minas.
            Celly foi até o presidente e o levou são e salvo até a casa de campo, onde o general os esperava. O presidente foi colocado em um carro blindado.

            O ministro agradeceu o trabalho deles e fez um pequeno discurso ( URGHHHHHHHH) para eles. Nenhum deles prestou atenção no que ele dizia. Eles apenas olhavam para o longe, na esperança que Val aparecesse.

            Depois de dar a ordem para Celly, Val tirou o colete e o deixou na porta da passagem. Sabia que não tinham um colete para o presidente, assim ele estaria protegido. Se levantou e sua perna doeu. Ela olhou para o ferimento e colocou a lanterna. Havia sido um belo tiro. Ela sabia que tinha que ser rápida na captura. Não agüentaria muito tempo com aquela perna. Lisa sabia disso e também sabia que Val não poderia ir muito rápido.
            Val olhou para trás, estava tudo correndo bem. Depois saiu em direção à mata, atrás de Lisa. Lisa corria rápido e Val não conseguia a acompanhar.
            Val não conseguia mais caminhar. Com muito esforço, subiu em uma árvore, sabia que Lisa ia vir atrás dela, enquanto ela esperava, tentava conseguir forças.
            Lisa olhou para trás e não viu Val. sorriu. Sabia que ela devia estar desprotegida encostada em alguma árvore. Foi atrás dela.
            Val pegou um canivete e olhou para a perna. De cima da árvore, ela não poderia fazer nada. Desceu e encontrou uma pedra, onde se escondeu no vão dela. Acendeu a lanterna e olhou com mais cuidado a perna. Estava sangrando bastante, a bala devia ter acertado uma veia. Se continuasse perdendo sangue desse jeito, ela talvez não agüentasse até o final da noite.
Pegou e rasgou a calça logo acima do ferimento. Val pegou dois gravetos e o pedaço da calça que cortou e fez um torniquete.     �Merda isso realmente dói! �, ela pensava. Mesmo assim o sangue ainda jorrava, ela pegou o canivete e introduziu no ferimento. A dor correu sua perna inteira e ela quase gritou. Pegou um outro graveto e colocou entre os dentes. Novamente colocou o canivete no ferimento, colocou a lanterna em cima. Não havia sido um tiro, eram dois e no mesmo lugar. �filha da puta! Que mira! �. ela pensava. Ela percebeu que não poderia tirar as duas balas. Somente uma. Ela pegou e com cuidado, usou o canivete como alavanca . uma das balas saiu. A outra ela não podia tirar. Como pensara, a bala tinha pego uma veia. Se ela a tirasse, ia morrer em poucos minutos de hemorragia.
            Pegou o cantil e jogou um pouco de água para limpar o ferimento. Parecia que estava queimando. Val mordeu com mais força o graveto e o partiu em 3 pedaços. Escutou um barulho. Sabia que era Lisa.
Val não podia se mexer, a perna doía. E Lisa estava logo à sua frente, por sorte ela não vira a luz da lanterna, que havia sido ocultada pela pedra. Val colocou o óculos infravermelho. Agora podia ver exatamente onde Lisa estava. O problema é que Lisa também tinha um. Val sabia que só teria uma chance de atirar. Se Lisa a visse ou se Val errasse, Val morreria.
            Val mirou e atirou. Por um azar, Lisa se mexeu e não a acertou. Lisa olhou para a pedra e mirou. Val fechou os olhos e esperou. As balas de Lisa haviam acabado. Val pegou a arma e rapidamente começou a atirar.  Não conseguia mirar, pois sua vista estava turva. Havia perdido mais sangue do que pensara.
            Val escutou um baque no chão. Com o óculos, pôde perceber que era Lisa. Val tentou, mas não conseguiu se levantar. A dor era muita. Ela se arrastou até Lisa. Quando ela chegou perto, levou um tiro. Lisa ainda estava viva. E ainda podia atirar.
            A dor se espalhou pelo seu corpo. Havia sido no ombro, na mão direita, onde Val melhor atirava. Val passou a arma para a mão esquerda e mesmo sem nenhuma mira, começou a atirar. Com esforço, conseguiu ficar de joelhos, numa altura suficiente para mirar a cabeça. Val atirou, fez questão de atirar até ficar sem munição. Quando terminou o rosto dela era apenas uma massa pastosa e sanguinolenta de ossos, carne e cérebro destruídos.
            Val respirou aliviada. Havia sobrevivido à lisa, mas não sabia se iria sobreviver até chegar a casa. Com o outro ferimento, Val ficara mais incapacitada e estava perdendo mais sangue.
            Val se encostou em um tronco de árvore, tentando recompor as suas energias, mas não conseguia. Ela se levantou, reunindo suas forças e caminhou quase 200 metros, depois caiu ao chão, sem forças. Ela notou logo à sua frente uma mina, que ela tinha demarcado. Ao lado da mina, havia um corpo. Ela pegou uma corda que tinha, e amarrou ao corpo. Ela se arrastou até à uma distância segura da mina e foi puxando o corpo aos poucos, de acordo com o que conseguia. Deve ter demorado uns 45 minutos até que a mina explodisse. Ela rezou para que alguém escutasse e viesse pegá-la.

            Celly estava enrolada em um cobertor e olhava para onde ela esperava que Val aparecesse. Brendan a abraçou pelas costas.

            Nesse instante, ouviram uma explosão. Eles se entreolharam

Back | Next Chapter